Fazemos reparos. Trabalhamos com feixe de molas. Locação de Münck. Apoio: Underberg.

Fora de Catálogo:

  - Kim Marques

01 Brincou Comigo (Kim Marques / Chimbinha)
02 Mulher Demais (Kim Marques / Adilson Ribeiro)
03 A Dança do Brega (Kim Marques / Edilson Moreno)
04 Tarado do Brega (Kim Marques / Hélio Silva)
05 Marinheiro do Amor (Kim Marques / Waldir Marques)
06 Mulher (Kim Marques / Juca Castro)
07 Taxista (Kim Marques)
08 Fim do Nosso Amor (Kim Marques)
09 Ouvindo Beatles (Kim Marques)
10 Sensuais Carícias (Kim Marques)
11 Lindo é o Amor (Kim Marques / Verequete)

  - Conjunto Espaço 4

01 Roberto Carlos dos Pobres (Roberto / Pixote)

  - Raimundo Soldado

01 Abraçando você (Soldado do Brega)

  - Zé do Peba

Forró na Paraíba

A
01 Forró Balançado
02 Forró no chã de brejó
03 Anadia minha terra
04 Meu pé de serra
05 Sacudindo
06 Forró Doido
B
01 Forró na Paraíba
02 Forró é assim
03 Meu querido jatobá
04 Todo mundo no balanço
05 De São Paulo a Maceió
06 Saudades do Norte

No Forró

A
01 Forró caprichado
02 Forró aperriado
03 Recordando o Nordeste
04 Forró quadrado
05 Forró em Petrolina
06 Lá vai poeira
B
01 Choveu na minha horta
02 Xodozinho
03 Chorinho das morenas
04 Dance sozinho
05 Forró no Catolé
06 No Norte é assim

  - Teixeira de Manaus

A
01 Sax na lambada
02 Deixa meu sax entrar
03 Xote do interior
04 Alegria do sax
05 Dance lambada
06 Mania de forró
B
01 Vou de mambo
02 Meu forrozão
03 Gafieira do Teixeira
04 Vem me abraçar
05 Alou Norte e Nordeste
06 Assoprando pro Brasil

  - J. Aquino

A
01 Nós nos amamos
02 A Dançarina
03 Pra você eu não sou homem
04 Se eu fosse você
05 Casamento apressado
06 Separação
B
01 Homem casado
02 Vida da minha vida
03 Te amo de verdade
04 Meu pecado
05 Amor perdido
06 Esqueça o passado

  - Zé Ventura

01 Servente de Pedro
02 Morfeu da gafieira
03 Ladrão que entra na casa de pobre, só leva susto
04 Troca no berçário

 


  - Lafayette

A
01 Soul Finger
02 Deixe o tempo passar
03 O Caderninho
04 Quando
05 There's a kind of hush
06 A whiter shade of pale
B
01 Bond Street
02 Come and take a ride in my boat
03 Don't sleep in the subway
04 Como é grande o meu amor por você
05 É tempo de amar
06 Uno Tranquillo

  - Os 3 Nortistas

A
01 Forró que o povo quer
02 Ainda falta um botão
03 Umbuzeiro
04 Quero ver forró
05 Fim de semana
06 Esse ano eu brinco
B
07 Forró no Brás
08 Dona Quirela
09 De garanhuns a Caruaru
10 Deixe comigo
11 O corpo precisa de álcool
12 Maria Chiquinha

O paradoxo do Underberg e do licor de ovo

(O Estado de São Paulo - Quinta-feira, 18 de janeiro de 2001 - Caderno 2)
MAURO DIAS

No outro sábado, publiquei entrevista com Sérgio Magalhães Jaguaribe, mais conhecido como Jaguar, o grande chargista que acaba de escrever dois livros de memórias: um sobre Ipanema, que se chama mesmo Ipanema, já nas lojas, e outro sobre os bares em que bebeu, pronto, mas ainda não lançado. O título é Confesso Que Bebi. Jaguar diz que está plagiando Pablo Neruda e seu Confesso Que Vivi.

Ainda não li as confissões etílicas de Jaguar, mas sou mais elas do que as existenciais e políticas do poeta. Aposto, no escuro, que trarão mais diversão. E informações úteis - trata-se, afinal, de um guia de bares do Brasil inteiro, os que autor freqüentou ao longo de uma vida dedicada à arqueologia botequínica.

Para entrevistá-lo, marcamos encontro no Pirajá, cognominado Esquina Carioca, questão de coerência. Era o dia seguinte ao da noite de autógrafos de Ipanema, o livro. Horário: uma da tarde. Comecei a duvidar. Eu sempre acreditei na existência física de Jaguar, mas só depois do sol se pôr.

Quanto mais depois de noite de autógrafos realizada num botequim.

Paguei vergonha pela incredulidade. Uma tarde de sol quente, sem vento (depois caiu um baita temporal) e cheguei na hora - o cara já estava lá, em carne e osso e camisa de manga comprida. O dono do boteco ofereceu o chope de direito, para aquiescência geral, outra questão de ser coerente.

Conversa vai, chope vem, começou-se a falar dos grandes mistérios birosqueiros. Jaguar sacou o seu, que é de todos os tempos, desde que bar é bar: quem, neste raio de mundo, bebe Underberg - além dele próprio? "Todo bar que se preza tem uma garrafa de Underberg, pela metade, na prateleira", sustentava o ilustre. "Mas você jamais viu alguém chegar ao balcão e pedir um Underberg?"

O peso da verdade calou por instantes a mesa. "Quanto a mim, tudo bem", disse Jaguar. "Só entro em botequim que tenha Underberg, mas não conheço os companheiros de hábito", admitiu. Terrível mistério, caríssimo leitor.

Imagine o número de cidades que tem nosso torrão natal. Imagine o número de esquinas de cada cidade. Em cada esquina, um botequim. Em cada botequim, uma garrafa de Underberg pela metade. Por mais que Jaguar seja ubíquo, jamais conseguiria provar de todos os litros de todas as prateleiras de todas as esquinas de todas as cidades de todo o País.

Sem falar no caráter exportável da veneranda bebida, fabricada no Brasil, de propriedade de uma alemã (ou seria escandinava, ou eslovaca?) imigrada, que mora (ou morava, não sei se ainda está viva) em Petrópolis (seria Teresópolis? Já tínhamos algumas horas de papo, e chope, quando chegamos a esse pedaço).

Sentimentalmente, Jaguar lembrou-se de que, há alguns anos, pediu em casamento a condessa (marquesa?) de Underberg. Telefonou (telegrafou? pombo-correiou?) fazendo a proposta. Alguns dias depois - é, acho que ele escreveu - recebeu carta delicada, declinando da honraria. Em anexo (atachada?) uma caixa com litros e litros do digestivo escuro, amargo e, vê-se, misterioso.

O garçom ouvia, atento, a conversa. Quando se deu novo silêncio - na hora em que chegaram os pastéis -, apresentou sua colaboração, em forma de dúvida, espanto, incredulidade: "E licor de ovo, doutor, o senhor já viu alguém beber licor de ovo?" Pausa reflexiva. "Trabalho em botequim há trinta anos e nunca servi licor de ovo. Pois bem, todo bar tem uma garrafa de licor de ovo pela metade, na prateleira. Aqui mesmo tem uma. Eu estou no bar desde a fundação. Quando vim para cá, a garrafa estava cheia. Agora, está pela metade. Eu não servi. Perguntei aos outros garçons, ao dono, aos copeiros, aos cozinheiros, ninguém serviu. Ninguém bebeu. E está pela metade."

Correu a mesa um frisson reflexivo, talvez místico, e seu peso inibiu a conversa. Saímos para a chuva de verão, que não nos lavou as dúvidas, o susto. Em casa, à noite, tive pesadelos. Entrava num bar estranho, numa cidade estranha. Um escritor francês sentava-se ao meu lado. O garçom perguntava: "Quem bebeu o Underberg? Quem bebeu o licor de ovo?" O escritor francês me apontava o dedo e dizia: "Eu acuso!" Lembro-me vagamente do nó da corda em meu pescoço.

  - Mestre Cupijó

01 Pout-Pourri Siriá
02 Mambo do Martelo
03 Marica
04 Mambo do Macaco
05 Pra dançar meu Siriá
06 Mingau de Açaí
07 Siriá
08 Caboclinha do Igapó
09 Eu quero meu anel
10 Morena do Rio Mutuacá
11 Farol do Marajó
12 Samba do Matapi
13 Sereia
14 Ventinho do Norte
15 Mambo do Peão
16 Despedida
17 Tubarão Branco
18 Menina Chorona
19 Lúcia

  - Daminhão Experyénça

01 Linha
02 Pato
03 Cachorro
04 Fome
05 Bar
06 Luz
07 Gás
08 Água

  - Borba de Paula

A
01 Pra Lá de Bagdá
02 Pele de Avelã
03 Escravo do amor
04 Tudo era felicidade
05 Coração bandoleiro
06 Eu e Você
B
01 Nosso amor é beleza
02 Não vou mudar
03 Sou todo teu
04 Lero-lero
05 Viver a Vida
06 Sem você

  - Waldy Semblante

01 Brega's Night
02 Toute premiere fois

Bônus

- Rato do Mangue

Contato: funilaria EM esgoto.org